quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Egoismo

«A ultima carta escrita por Maria do Rosário Pinto não podia ser mais cruel. O destinatário era o marido, de quem se tinha separado há semanas: "Vou matar-me e tu vais ficar sem as duas coisas que mais amas no mundo." Às duas da manhã de terça feira, Maria cumpriu a sua terrível promessa. Arrancou os filhos da cama (Cristina de dez anos, e António de sete) e meteu-os dentro do carro, ainda de pijama. Dirijiu-se à margem do rio Tâmega, perto de Marco de Canavezes e acelerou para dentro de àgua. Morreram os três afogados, perante o olhar atónito de um casal de namorados que assistiu à tragédia, depois de ter ouvido os gritos aflitos das crianças. O marido, Francisco Cardoso, terá tentado suicidar-se quando soube da tragédia.

Conta-se que o casal estava prestes a divorciar-se depois de anos de uma relação feliz»

na "Focus" de hoje;

Li isto esta tarde enquanto esperava por um autocarro. Ao mesmo tempo um homem pescava no Mondego, que por esta altura tem uma corrente que nem aos olhos dá descanso, indiferente a tudo. Enquanto a àgua corre, o mundo vai ficando louco...

domingo, 26 de novembro de 2006

Pressas

O homem do jornal, sabe o que quero comprar, dependendo do dia, tal como a senhora do café sabe como há-de tirar o meu, curto e sem açúcar. Depois há a funcionária da escola e o bom dia que quase ninguém diz, mais os vizinhos e o motorista do autocarro. Eu gosto de ter as coisas assim, não quero um café dado por uma máquina nem um jornal comprado num hipermercado, mas o que acho é que tudo está a acabar. A pressa está a matar o tempo de trocar sorrisos...

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Metáfora

E se um dia ao pensar em calor, o sol aparecesse de repente?

Já o Sérgio dizia que a vida é feita de pequenos nadas...

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Vidas

Temos que aproveitar tudo aquilo que temos, seja muito ou pouco. O que importa é aproveitar. Conheci ontem duas pessoas que fazem disto um modo de vida. Espremer, espremer tudo da vida até à ultima gota. Trabalhar por gosto e gozar por prazer. É bom conhecer gente assim, que mesmo a envelhecer não se esquecem do que é realmente importante. Valeu a pena a (curta) viagem.

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Assobios

Esta quarta feira fui ver a selecção e algures a meio do jogo dei por mim a a pensar se seriamos nós o povo do assobio.

Quem mais é irresponsável ao ponto de assobiar para o ar quando erra e ao mesmo tempo intolerante para assobiar todos os que por vezes falham? Curioso não?

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Escolhas

Fala-se agora muito por ai do aborto e do bem e mal que pode trazer ao mundo.

É das tais coisas que não entendo como pode causar tanta polémica. Mas com que direito posso eu mandar noutra pessoa?

E de tudo isto nasceu a minha analogia com os aparelhos dos dentes, desses que agora andam pelas bocas do mundo, com as mais variadas cores e feitios. Há uns aninhos atrás quando tinhamos um dente torto ou algo do género, desde que não causasse dores e não fizesse de nós um autentico monstro a solução era não fazer nada de especial. Hoje em dia por tudo e por nada lá vai toda a gente ao dentista para escolher qual a cor que fica melhor.

E que conta a minha opinião para isso? Nada. Quero lá saber quantas pessoas andam a pôr aparelhos sem necessidade. Problema deles. Eu não pus porque achei que não devia.

Querem abortar? Abortem! Não tenho nada a ver com isso... Nalgumas situações sou a favor, noutras sou contra, mas a opinião é minha. Acima de tudo acho que deve haver igualdade e liberdade de escolha, uma vez que Espanha está muito perto mas só acessível a alguns. Será que no nosso rectângulo à beira mar plantado ainda não aprendemos a respeitar as atitudes de cada um?

Sem nada, mas com tudo a ver...

domingo, 5 de novembro de 2006

#4

"não vejo um homem para trás
não vejo medo para trás
não vejo portas para trás

meu mal é ver que eu vou bem

todo o mal e todo o bem
cedo voltará a nós
inocente e trágica lição
se uma vida não chegar
hei-de ter cem vidas mais
quantas mais ditar o coração"

Ornatos Violeta, Tanque

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Carrinho Ilegal

A (minha) tradição diz que para o cortejo se rouba um carro do Continente, que depois de bem atestado de gelo e bebidas serve para refrescar muitas gargantas Coimbra abaixo.

O que eu nunca tinha visto era os seguranças lá da tasca a correr atrás dos carros supostamente roubados. É que eu paguei o meu. Afinal não custam cinquenta cêntimos?