sábado, 29 de setembro de 2007

2 vs 7

Escorre por entre os dedos, esse malvado chamado tempo, mata, moi, tira, dá. Tudo ao mesmo tempo, quase na mesma hora. Gostava de saber onde mora, sei que é o vizinho, mas às vezes é ainda mais dificil encontrar o espaço...

A cidade está cheia de esquinas, encontros e desencontros à beira de duas paredes que se tocam. Parecem diferentes a diferentes horas, em diferentes dias. Gosto de passar por elas e ler as histórias que por lá estão escritas. Cimento, tijolos e tinta, só isso, dirão alguns. Mais, muito mais, acho eu.

Estado de não saber grande coisa, cordas soltas em forma de neurónios que não se atam. Vazio, oco, acho que feliz por já não saber pensar, acho que feliz por saber que há sorrisos, acho que feliz por olhar para o fundo do copo e ver o mesmo som. Ver o som!

O som de um passado não muito distante que é quase igual, quase igual ao que foi. Quase, sempre o quase. Não! Sim, eu sei. Adeus. Até já. Assim, simples demais para poder ser complicado.

Anos, meses e dias, juntos em poucas horas. Eu vi, só eu vi e foi bom de se ouvir.

3 comentários:

babygirl disse...

=)
Gostei... E o que importa se foste só tu a ver?... Não foi bom? =)
Bjs***

éme. disse...

Esquinas de tempo, de encontrar e deixar seguir o quase encontrão de surpresa...
A cidade está cheia deles. Encontros desencontros, eléctricos e carros parados sem motor de arranque que os desperte. ah... ou pessoas?
Gente. A cidade está cheia de gente. Distraída. que nem dá pelas esquinas que torcem o tempo e o enganam e o fintam e nos foge por entre os dedos ou fica, fica, fica...

A tua cidade escrita, esta sim, é mágica!
E eu gosto de voltar cá, agora que regressei a mim em nova volta!
:)
xis, caro vizinho, xi-abracinho!

Ervilha Maravilha disse...

Que bonito!!! :)

Lembra-me uma canção dos Ornatos Violeta, (" a cidade está desrta").

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