sábado, 8 de setembro de 2007

As panelas

Cá, mais uma vez, algures na festa que é de todos. Sorrisos há em todo o lado, musica não falta e o resto por cá anda. Cedo para fazer um balanço de verdade, mas já se pode ver que não há sitio melhor para fazer uma revolução. E se eu precisava de uma.

Longe do mundo, longe do tempo, assim, só. Olho para o bolso de vez em quando e sorrio porque é a única coisa que posso fazer. É incrível o que uma mente desocupada pode. Dramas e histórias complicadas que vão surgindo à medida que as horas passam...

No fundo a verdade é que um pouco de linha resolve tudo. Uma linha fina que ao passar várias vezes no mesmo buraco, cose e acaba por o fechar. A linha na forma de uma lata de tinta às 9 da manhã de um dia de sol.

Panelas. Andei a lavar panelas no Avante!

1 comentário:

kalikera disse...

A última vez que fui à Festa do Avante ainda se realizava em Monsanto, com uma espectacular vista sobre o Tejo. Hoje são universidades.
Não lavei panelas, apenas comi umas abundantes feijoadas que, inexplicavelmente, estavam distribuídas em pratos nos balcões de uma das barracas de comes. Pratos cheios a transbordar, talheres lavados… Ainda não percebi se era mesmo assim, para oferecer, ou se pertenciam a alguém. Comemo-las de pé, - eu e um colega de trabalho que engolia drunfos como quem come tremoços na Portugália – junto ao balcão, aguardando que alguém, os da barraca ou os “donos” legítimos, nos chamasse atenção. Ninguém se incomodou e nós também não, até hoje. Gostava de saber. Talvez fosse 1984.
Tão boas que estavam.

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