domingo, 29 de abril de 2007

Amigos

Palavras escritas, lidas, cantadas, ouvidas, ditas. Tanta palavra, tanta, tanta. É bom ter com quem conversar, divagar, pensar, cantar.

"Amigos são sobras do tempo que enrolam o seu tempo à espera de ver o que não existe acontecer"

Clã, Amigos de quem

terça-feira, 24 de abril de 2007

33 Anos

Mais de trinta anos passaram desde a revolução e ao que parece quase ninguém se importava de ter outra ditadura por cá.

O que vejo mais por ai são pessoas que não querem ter qualquer poder de decisão e quando o têm abdicam dele. Não estou sequer a falar de eleições. Desde a elaboração de um mero mapa de exames até aos inquéritos sobre o que se deve fazer numa escola ou não. Ninguém fala, ninguém escreve. Como é obvio depois da decisão tomada criticam.

Em tudo é assim. Deve ser por isso que por vezes me olham de lado quando defendo as minhas ideias. O que o pessoal da extrema direita agora faz não é mais do que um aproveitamento desta situação. Se num estádio de futebol estiverem 100 mil pessoas caladas e 30 a berrar, é certo que só podemos ouvir os 30. É por isso que digo, falem, discutam, levem os outros a pensar. O mundo ainda pode ser mudado. Haja vontade!

sábado, 21 de abril de 2007

O meu cartaz

The Gift
Blasted Mechanism
Quim Barreiros
Óióai
Orxestra Pitagórica
Da Weasel
Xutos

E este ano não vou mesmo faltar à garraiada.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

A casa cor de rosa

É tão estranho saber que a casa onde passei tantos dias da minha vida vai ser vendida. Vendida a um casal de estranhos. A casa onde ia religiosamente almoçar à segunda feira, que tinha um jardim em frente com sombra de verão e sol de inverno. Estranhos que até parecem simpáticos. A casa onde não entro há quase cinco anos e que possivelmente iria ficar em ruinas daqui a mais alguns cinco, se não fosse vendida. Sim, porque quando as pessoas não têm capacidade para se sentar a falar, os herdeiros herdam dinheiro, não coisas. A casa era cor de rosa. Pergunto-me de que cor ficará agora. Pergunto também se de manhã ainda cheira a café. A minha avó fazia café de manhã. E havia sempre pão quente, com manteiga.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Bela Merda

Eu queria ter dito que há dias que devem ser aproveitados de uma forma diferente dos outros, quis dizer que por vezes podemos por de lado coisas que temos certas e que fazemos quase sempre, para aproveitar aquelas que só surgem de vez em quando.

Quis dizer que a noite de há umas semanas foi única por ter sido invulgar, quis dizer que nada se repete, que as imagens não se registam numa máquina mas sim na memória.

Tanta coisa que podia ter dito e o que saiu foi algo como "Diz ao gajo para vir só dia 25. Para ti há-de ser o fim da noite e para ele o principio da manhã.".

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Sono

Quando se quiserem rir um pouco, tentem adormecer numa viagem de autocarro para acordar quando o motorista está no terminal a ler o jornalinho à espera da próxima saida. Depois vão devagarinho desde o vosso lugar até lá à frente e após darem uma palmadinha no ombro do senhor peçam-lhe para abrir a porta. Se não tiver morrido com o susto...

quarta-feira, 11 de abril de 2007

O Engenheiro

Não votei no senhor Sócrates. Aliás, o meu voto não contou. Adiante.

O Zé estudou aqui em Coimbra no ISEC. Fez o bacharelato em engenharia civil. Mais tarde chegou a deputado. Algures por aí lembrou-se de tirar a licenciatura em civil e foi para o ISEL.

Ou porque aquilo era dificil ou por qualquer coisa que não me interessa o Zé foi estudar para uma privada. A ideia que eu tenho é que nas privadas as coisas são mais fáceis e tal. O Zé acabou o curso.

Agora eu quero lá saber se o gajo é engenheiro, licenciado em engenharia ou tem um curso comprado. Ainda se estivesse à espera que ele dirigisse uma obra. O homem está lá para governar. E concorde-se ou não com as politicas dele, e eu não concordo com algumas, de facto, governa, coisa que já não se via por estes lados à algum tempo. O facto de ser teimoso ajuda.

Deixem-no estar e daqui a dois anos votem, nele ou não, mas por agora calem-se com esta história.

PS: A propósito, ainda se lembram da suposta homossexualidade e do namoro com o Diogo Infante? Não? Bem me parecia...

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Don´t

Please stop, don’t walk, don’t talk.
This time I must be strong enough,
but it’s not enough because it’s hard…
I will raise my head up high and lift my voice high, with pride.
This time I’ll make things right, this time I won’t look back,
because time will not go back, so I’ll find myself this time.
Guilty forever, now you’ve taste it you won’t leave it, forever and ever.
You won’t see me, you won’t miss me, and so you won’t see me falling.

The Gift,
Cube

sábado, 7 de abril de 2007

Busca

Procuro na incerteza dos dias um futuro para mim. Na dúvida do que serei ou que farei um dia resta-me uma certeza. Quero lidar com pessoas. Nunca me senti tão realizado a fazer alguma coisa como quando fui voluntário no Euro. Milhares de ingleses, franceses e suiços à volta e a dificuldade de os entender e de me fazer entendido. Dá um gozo enorme no fim do dia olhar para trás e ver que estivemos bem e que graças a nós não houveram problemas de maior.

A ver as coisas como vejo, e preferindo um sitio onde faça algo que me dê gosto a outro onde ganhe mais algum dinheiro a contar as horas que faltam para o dia acabar, questiono a utilidade de tantos anos de estudo. Isto vem a propósito de no dia de ontem, em que estive reunido com quase todos aqueles que andaram comigo na primária. Um... Há um que está de bem com a vida e com o que faz. Todos os outros se levantam revoltados todas as manhãs.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Obrigado!

Depois de ter sido eleito como grande Português um homem que nunca soube o que foi uma eleição, de ter lido isto. Depois de passado uns dias ter meio país a discutir se era legitimo alguém colocar um cartaz no centro da capital a apelar à expulsão dos imigrantes e à adesão ao nacionalismo, vejo que ainda existe bom senso.

Uma das vantagens que a revolução nos trouxe foi a liberdade, a liberdade de, por exemplo, estar aqui a escrever. E não há liberdade de expressão boa e má, não podemos cer censores e tentar apagar o que os outros escrevem e pensam.

Podemos é usar os mesmos meios que eles e tentar passar uma outra mensagem. Isto tudo para dizer obrigado. Zé Diogo, Tiago. Ricardo e Miguel, obrigadinho por porem o dinheiro que o estado, através da televisão, vos paga ao meu serviço. É assim que se ridicularizam as pessoas ridiculas. Obrigado!

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Já que é Páscoa...

Qual é o teu Deus? Tens? Acreditas? Há algo mais?

Descobertas

Uma das coisas boas de estar de "férias" é poder vegetar mais um bocado, sem horários. E claro, arrumar. E é tão bom encontar coisas que se julgavam já desaparecidas que afinal estavam só guardadas algures dentro de uma gaveta cheia de papeis.

É verdade, encontrei uma espécie de mapa do tesouro, só falta a cruz.

domingo, 1 de abril de 2007

Não caiu o trapezista

Descalços rua acima, enquanto isso um qualquer iluminado descontente diz que este país é uma merda. "Tiveste gente de muita coragem..." ouviu-se. É nestes pequenos momentos que se faz a triagem entre os verdadeiros. Quando os lugares pitorescos e as palavras se confundem de uma maneira tão espontânea que chega a arrepiar quem não sabe muito bem onde está.

O senhor Orwel aparece quase ao mesmo tempo do senhor Palma e a noite segue sem plano até já ser possível calçar os sapatos. 1984, e o Portugal que alguns ainda conseguem ver, mais os lugares que se podem apenas imaginar.

E um dia, quando todos abandonarmos esta cidade, de certeza arranjaremos maneira de cá voltar, nem que seja para ir buscar a garrafinha de traçado que deixámos escondida, bem escondida...