terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Poeira

Penso por vezes no mar de acasos que surgem dia após dia. Cada palavra, cada passo, cada sonho...

Pergunto onde fica o sentido. Que sentido fazem hoje as palavras de há tantos anos atrás? A fruta apodrece, as verdades mudam. Para que foi aquele grito? A viagem, o verde a ferir os olhos mal a noite tinha caido, a certeza de ser possível. O puto cresceu, a estrada mudou, o velho quase já não fala, a casa caiu. Pouco resta da tarde quase noite em que as pessoas se tornaram tão pequenas quanto os 200 metros de longe quiseram...

E a lágrima que não caiu? O gesto preso...

Somos feitos de quê afinal?

"Sabes, não me importei nada. Não conhecia ninguém... Até posso perceber que as pessoas de lá estejam tristes e sintam dor e tal, mas eu não estou!"

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