domingo, 13 de abril de 2008

#18

Ouvem-se as pancadinhas e cai o pano. Fica confuso o público. Nada estranham os actores. Dançam agora longe das centenas de olhares parados por detrás do pano negro. Dançam e caem, levantam-se e recomeçam.

Faz frio na rua, mas há estrelas que se deixam cair em pó. Pó quente...

Deixam as pancadas e o pano, mais os olhos e a confusão dos outros. Correm agora de braços abertos. Rumo ao nada que é tudo. Entretanto tropeçam num pequeno sol que, por acaso, se não tinha desfeito. Partem-no em mil pedaços. Olham as mãos queimadas... Foi o que deu tentarem colá-lo.

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