terça-feira, 19 de agosto de 2008

Sinapse

Uma prisão nos olhos. Duas prisões. Quatro olhos. Grades fracas queimadas pelo arder de um cigarro que não há. Como putos de doze anos a fugir dos olhos -mais uma vez os olhos- pequenos das coisas não muito grandes que se nos vão atravessando à frente (e passando ao lado. e ficando para trás.)

O resto é rir enquanto se espreita pela fresta da porta mal fechada. Rir, partir e voltar quando menos se espera só para um abraço tonto e sem sentido aos olhos que servem só para olhar e não para ver.

Saltam as palavras com vida própria e a Força ganha outro sentido. Mais um par de sorrisos. Adeus? Não pode haver... Estamos sempre lá, sempre cá, sentados no muro de lugar que não existe. Lugar nosso, lugar nenhum, com vista para o que se quer ver.

2 comentários:

Sofia disse...

Às vezes queremos estar numa prisão, outras vezes não. Queremos ter sempre essa segurança (ou falta de liberdade). E o que me irrita é que mesmo que não queiramos estar nessa prisão, sentimos que precisamos de ser livres, temos de sorir, dar um ar de feliz e dizer "Amanhã o dia vai ser melhor", cantando-o durante dias seguidos. Se não for por nós, ao menos que seja por outros, até que chega o dia em que podemos fazer tudo o que queremos. (Mas será que podemos fazer mesmo tudo o que queremos?)

Ah... Obrigada! :)

Rita disse...

' (r)ir é o melhor remédio. '

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