quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

coiso

"fechas a porta à chave com duas voltas e sais". mas a casa é grande. grande demais. e no silêncio imenso que deixas para lá dos passos a velha aranha conversa sem tempo com a formiga pequena. baixo. quase em surdina. não se pode assustar a mosca almoço. da aranha ou do camaleão. vida tão reles a da mosca, a poisar de merda em merda, dia após dia, sem rumo aparente. ainda foge da mão humana mas voa alegremente em direcção à teia sem evitar o olhar do bicho verde. a porta está fechada e daqui a pouco, a casa mais vazia.

1 comentário:

Emília das Meias às Riscas disse...

A mosca, voa, será que a sua vida é assim tão reles?

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