quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

onomatopeia para dedo a carregar num botão que, ao ser carregado, emite um pequeno estalido

a cidade. a outra. estendida como um lençol amarrotado. a cartografia mental embalada por passos grandes. o macaco azul numa esquina perdida e as pedras a falar por debaixo dos pés. só os outros se admiram com a nossa indiferença ao calcar, quase todos, arte feita de cubos bicolores. ingratos.

talvez cheirasse a alecrim, talvez noutros tempos, e, talvez, por isso os, nos, tenham posto ali no cimo da rua. um semi-cego de frente para um semi-louco e eis o semi-retrato do rectângulo à beira mar plantado.

o sol importa-se pouco com o que somos, a luz, essa é inteira.


1 comentário:

Sónia disse...

Este fica escolhido como um dos 10 melhores...

Adoro :) é tal e qual assim...

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