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quarta-feira, 28 de junho de 2017

"Ser solidário sim, por sobre a morte
Que depois dela só o tempo é forte
E a morte nunca o tempo a redime
Mas sim o amor dos homens que se exprime"

José Mário Branco

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

a falta que nos faz um Almada



pim!

domingo, 10 de junho de 2012

das anologias com mangas e máquinas de secar ou o dia que não o é do país que ainda o quer voltar a ser

Como vais tu morrer
em portugal
que te assenta de igual modo à camisola
que lavaste no programa errado;
Como vais vender os teus versos
ao preço da chuva
num país de cheias
e lágrimas fáceis;
Como vão as tuas palavras
arder no coração daqueles
que vêem as florestas
sucumbir ao fogo
todos os verões;
Como vais ficar em nada
como o gelo no whisky
no copo da mulher
que o teu marido ama;
Como vais, tu, abrir os braços
se só já tens penas
como o pobre Garção?

Ana Paula Inácio

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

de um son(h)o na outra banda

há um rio. dizem-no grande mas a conversa das medidas soa-me a falso há já muito tempo, nem sei bem porquê. ou talvez saiba, de cada vez que a espécie de jangada laranja recolhe as cordas de terra. ou isso ou o bater constante de ferro (adivinhar a cor. do ferro). os comboios são de ferro. também de plástico e esponjas e coisas que pouco importam para isto de rio e medidas. a ponte é de ferro.

tenho um qualquer problema em organizar datas, mas ainda sei quantos dias demora a lua a dar a volta que é a volta que a terra dá à lua ou uma qualquer espécie de vice-versa ou isso mesmo. vinte mais oito. e sei de plataformas de madeira por debaixo da cor. e de subir carris. e de putos no meio da rua em vésperas de Santo António. e de muito mais coisas. o macaco (?) na parede, por exemplo.

e o rio é grande. assim dizem. é grande. grande. mas tão pequeno. pequeno. minusculo. ribeiro saltado a passo na vontade de um estender de mão. as mil e uma leis da hidraulica condensadas em nada. o rio é um fio de cabelo feito água. o rio está ali mas parece nada. o rio é grande. há, contudo, coisas imensamente maiores (uma palavra de quatro letras apenas é um bom exemplo).

terça-feira, 11 de maio de 2010






ar






domingo, 2 de maio de 2010

colunas

Já li mais de dez livros e ainda assim não encontrei as respostas todas. Sei que no Japão há cinco estações em vez de quatro, sei de ruas debaixo de ruas que são canos e vão dar ao lugar mais óbvio de todos. Sei como se chamam os peixes que gostam de lodo. Aprendi até quantas portas é preciso atravessar para chegar a um outro  qualquer lado, porventura inexistente.

Já li mais de dez livros, é verdade. Mas nenhum deles falava de um barulho em forma de vai.vem na ponte.cor.sangue.de.boi, nem dos personagens sinistros que se passeiam em tabuleiros de xadrez. Talvez tenha falhado algum, mas nesses mais de dez também não aprendi nada acerca de barcos com velas palito e gaivotas suspensas no ar.

Talvez tenha lido os livros errados. Mas foram mais de dez. Pergunto-me como é que em nenhum deles se descreve o porquê de a lua sorrir para uma nuvem ou, até mesmo, da inaudita vontade própria de um rádio. 

Mais de dez, não sei quantos foram, concerteza mais de dez...

domingo, 11 de abril de 2010

varanda





domingo, 21 de março de 2010

segunda-feira, 15 de março de 2010

quinze

há o seis e o sete. o cinco talvez. oito. quatro. trezentos e oitenta e dois. sete mil quinhentos e quarenta e um. números, algarismos juntos, pedaços de coisas e coisas aos pedaços.

mas quinze é mais ou menos o tamanho de dez mais cinco. medida formatada, volume aparente. 

dois algarismos. um número. falo de quilos e de vidas e do quanto as segundas cabem nos primeiros. coisas quase tão simples como a luz a desfazer.se no rio.mar. simples.

terça-feira, 2 de março de 2010

Sim, sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo,
Espécie de acessório ou sobresselente próprio,
Arredores irregulares da minha emoção sincera,
Sou eu aqui em mim, sou eu.

Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.

E ao mesmo tempo, a impressão, um pouco inconsequente,
Como de um sonho formado sobre realidades mistas,
De me ter deixado, a mim, num banco de carro eléctrico,
Para ser encontrado pelo acaso de quem se lhe ir sentar em cima.

E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco longínqua,
Como de um sonho que se quer lembrar na penumbra a que se acorda,
De haver melhor em mim do que eu.

Sim, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco dolorosa,
Como de um acordar sem sonhos para um dia de muitos credores,
De haver falhado tudo como tropeçar no capacho,
De haver embrulhado tudo como a mala sem as escovas,
De haver substituído qualquer coisa a mim algures na vida.

Baste! É a impressão um tanto ou quanto metafísica,
Como o sol pela última vez sobre a janela da casa a abandonar,
De que mais vale ser criança que querer compreender o mundo —
A impressão de pão com manteiga e brinquedos,
De um grande sossego sem Jardins de Prosérpina,
De uma boa vontade para com a vida encostada de testa à janela,
Num ver chover com som lá fora
E não as lágrimas mortas de custar a engolir.

Baste, sim baste! Sou eu mesmo, o trocado,
O emissário sem carta nem credenciais,
O palhaço sem riso, o bobo com o grande fato de outro,
A quem tinem as campainhas da cabeça
Como chocalhos pequenos de uma servidão em cima.

Sou eu mesmo, a charada sincopada
Que ninguém da roda decifra nos serões de província.

Sou eu mesmo, que remédio!...

Álvaro de Campos

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

coisas a fazer num futuro mais ou menos próximo


#1 atravessar a ponte 25 de abril a pé;
#2 inscrever.me na maratona para poder atravessar a ponte a pé;
#3 fazer de conta que vou correr a maratona para atravessar a ponte a pé;
#4 meter um tijolo com um selo colado e uma morada numa caixa correio;

domingo, 22 de novembro de 2009


"talvez os homens existam e sejam, e talvez para isso não exista qualquer explicação; talvez os homens sejam pedaços de caos sobre a desordem que encerram, e talvez seja isso que os explique"

José Luís Peixoto, Nenhum Olhar

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Mariposa


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cierto

?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Definições

Casa é a rua e o banco pintado de verde, as pedras frias do chão e a chuva a molhar a cara. Casa são sorrisos abertos e trapézios pendurados no tecto. Casa é o relógio parado. Casa são escadas castanhas debaixo de estrelas. Casa é uma mão. Casa é uma canção a meio da noite. Casa é tudo o que não há-de caber nunca entre quatro paredes e um telhado.

domingo, 7 de junho de 2009

Contas

1,
29,
682,
770,
68,
120,

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Notícias

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Teste

Uns
Outros

Eu


feito por aqui