Sentado na relva escurecida pela luz da noite, indiferente aos carros que passam, ainda meio atordoado pelo último zumbido do estupido verme que se apoderou da sua mente, olha o céu e tenta imaginar respostas para as perguntas que não tem.
Limita-se a ver porcos a voar num céu limpo que não a noite estrelada acima de si. Os porcos voam sempre que o homem quer... Na esquina branca onde se juntam as paredes sem cor, onde à vez se encostam corpos sem alma, a velha aranha tece mais um fio de seda. Parede, parede, corpo, parede. Anos e anos na tentativa de fazer a teia perfeita. Anos e anos, milhares de corpos, milhões de fios perdidos, partidos por quem nunca sequer os tentou ver.
Descem os porcos à terra, trazidos pela mesma imaginação que os fez subir. Os porcos não voam. Continua a aranha à procura da perfeição inatingivel. Descansa mais um corpo na esquina das almas perdidas. Acaba o cigarro. Adormece o louco na relva feita verde pelos primeiros raios de sol.
Limita-se a ver porcos a voar num céu limpo que não a noite estrelada acima de si. Os porcos voam sempre que o homem quer... Na esquina branca onde se juntam as paredes sem cor, onde à vez se encostam corpos sem alma, a velha aranha tece mais um fio de seda. Parede, parede, corpo, parede. Anos e anos na tentativa de fazer a teia perfeita. Anos e anos, milhares de corpos, milhões de fios perdidos, partidos por quem nunca sequer os tentou ver.
Descem os porcos à terra, trazidos pela mesma imaginação que os fez subir. Os porcos não voam. Continua a aranha à procura da perfeição inatingivel. Descansa mais um corpo na esquina das almas perdidas. Acaba o cigarro. Adormece o louco na relva feita verde pelos primeiros raios de sol.
1 comentário:
não gosto de aranhas.
mas sei, sim, que os porcos podem voar. *
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