sexta-feira, 23 de julho de 2010

também de um relvado sintéctico algures no oeste por entre os moinhos que D.Quixote não viu

são dias. são histórias e são horas a pingar histórias no correr dos dias. é qualquer coisa assim ou algo parecido. sonhei outro dia com um alfarrabista do tempo. talvez seja profissão de futuro. um pouco de mil  novecentos e catorze e bancos de palha se ainda houver. alguns cêntimos, ou escudos, talvez reis, dinheiro romano, azeite grego. tábua de barco. colinas trilhadas por carris e pés.

o tejo ja não tem canoas, o que é uma pena. tem tainhas e merda fresca ao fim da tarde quando a maré está baixa. devia haver qualquer coisa em atravessar o tejo numa canoa. se bem que o barco bebedor de nome serve bem para ver o lençol estendido cada vez mais perto. pontos de luz. luz.

ainda tenho uma aranha.

tenho uma aranha pendurada no tecto. tenho uma teia de aranha pendurada no tecto. estou em crer que a dona se passeia pela casa enquanto não estou. comem formigas também, as aranhas. deve ser por isso que teimo em não limpar as migalhas espalhadas pelo chão. ou por qualquer outra coisa.

seja como for, gosto de tapetes que não o são.

Sem comentários:

Enviar um comentário