terça-feira, 27 de setembro de 2005

E se o vinho era bom...

"E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida."

Sérgio Godinho, O primeiro dia

domingo, 25 de setembro de 2005

MFA II

Agora já é oficial. Vamos ter um candidato de Coimbra à presidência da República. Manuel Alegre. O tal honesto, e poeta, e coerente e já agora, parecido com o meu pai.

Alguém Sabe?

Qual a diferença entre ser, estar, viver, existir e sonhar?

Não sei, mas gostava de saber. Porque é que cada vez que os sonhos se desfazem como castelos de areia, me recordo que eles existem apenas para nos lembrar que talvez exista um outro mundo, se calhar melhor. Não sei, mas tenho uma enorme vontade de descobrir. E se é verdade que a curiosidade matou o gato, deve ter sido dificil, uma vez que ele tinha sete vidas para gastar. Mas eu não. Só tenho uma, que é esta que estou a "viver" agora sentado à frente de uma máquina.

Porque me queixo? Estou aqui porque quero... Ou será pelo contrário. Será porque não quero estar em nenhum dos lugares onde podia ter ido em vez de ficar em casa? Será que estou farto de todas as pessoas que vejo à minha volta? Não sei. Não tenho resposta para estas perguntas, talvez por não estar muito interessado em procurá-la. Ou talvez por ter medo de a encontrar. É estranho ter que viver por trás de uma barreira. É dificil ter que, por vezes, medir palavras. Não me ensinaram isso na escola...

Que adianta conhecer montes de gente, se muitos deles não são mais do que um monte de carne e ossos, regados por sangue e álcool. Que adianta ter o mundo na palma da mão se a minha mão é tão pequena quanto o mundo? Estou confuso. Acho que me resta ser eu mesmo, dia após dia...

E esperar, esperar até encontrar um lugar melhor.

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

MFA

Parece que está a nascer um novo movimento em Coimbra, de seu nome MFA.
Movimento força Alegre. As paredes começam a ganhar cor, pode ser que as pessoas ganhem consciência...

Para mim, o único politico honesto deste país.

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Por pedido da Menina Taina...

5 coisas que me tiram do sério:
1. Gente Apressada
2. Pessoas ingratas
3. Autocarros que não passam
4. Cheiro a sovaco
5. Bebedos inconscientes

Gosto especialmente de:
1. Música;
2. Vegetar, ou seja, estar ao sol sem fazer nenhum, tipo vegetal;
3. Deambular;
4. Rir;
5. Jantares com boa(s) companhia(s)

5 álbuns:
1. Ornatos Violeta - Cão!
2. Clã - Rosa Carne
3. Sergio Godinho - Campolide
4. Nirvana - In Utero
5. Pink Floyd - The Wall Live
6. Xutos & Pontapés - Ao vivo no RRV
7. Mamonas Assasinas - Mamonas Assasínas (tinha de ser)

5 canções:
1. Starring at the sun - U2
2. Dumb - Nirvana
3. Only pain is real - Silence 4
4. Só eu sei ver - Toranja
5. Capitão Romançe - Ornatos Violeta
6. Jeremias, o fora da lei - Jorge Palma

5 álbuns no IPod (ou não):
1. U2- Please (live single)
2. Toranja - Segundo
3. Tony Carreira - Ao vivo no pavilhão Atlântico
4. Jorge Palma - No tempo dos Assasinos
5. Sergio Godinho - Rivolitz

5 pessoas a quem passo a palavra:
1.C'est Moi
2.Rakel
3.Maria
4.Shootingstar
5.Kikas

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Desperdicio

Há dias e dias. E naquelas alturas em que não apetece sair de casa, porque por uma razão ou por outra, o corpo está cansado demais e a vontade de ir a qualquer lado é muito pouca não há nada melhor do que dar uma voltinha mental. Lavar as ideias também faz bem.

Numa altura em podia ter pensado em qualquer coisa útil, pensei naquele que deve ser o mais inútil dos países. Esse mesmo, Portugal. E nós Portugueses, seremos também inúteis?

Eu vivo num país onde domina o desperdício, em todos os sentidos, senão vejam:

Temos sol, vento, mar e rios, logo estamos energeticamente dependentes do petróleo para produzir energia;

Temos falta de médicos, então, em vez de criarmos condições que permitam formar mais, as nossas universidades e politécnicos abrem vagas para cursos sem saídas profissionais;

O nosso estado paga salários a reformados, que já ganhavam valores absurdos. Ou seja, temos reformados a ganhar a dobrar. E eu que pensava que a reforma era uma maneira de quem não trabalha poder ganhar qualquer coisa;

Dia após dia mandam-nos poupar àgua, no entanto as rotundas de Coimbra são regadas a meio da tarde e os repuxos não param de correr;

Num país de poetas e cantores, os D’zrt estão no primeiro lugar do top, enquanto que o que de bom se faz na nossa música nem na rádio tem passa;

Quando os nossos dois principais candidatos a Presidente da República, são aqueles que nos conduziram a este esta situação, não estaremos a falar de desperdício de ideias de gente mais dinâmica?

Como se todos estes desperdícios não bastassem, também vivemos num país onde:

Os nossos professores do norte estão colocados no sul e vice-versa;

A floresta arde ano após ano e em vez de comprar meios aéreos compramos submarinos (terão asas?);

Não se respeitam aqueles que pensam de maneira diferente;

Os jornais mais lidos são o “Record”, a “Bola”e o “24 Horas”;

Ainda há quem veja “notícias” na TVI;

Não se sabe que a República Checa não é uma ilha do Pacifico, mas sim um país da Europa;

Dia após dia as pessoas sorriem cada vez menos nas fotografias que aparecem nos jornais.

Porque é que eu tenho orgulho em ser Português?

domingo, 18 de setembro de 2005

Agora é de vez

Amanhã começam oficialmente as minhas aulas. Ora, isso quer dizer que as férias acabam hoje. Nem tudo é mau, porque as primeiras duas semanas vão ser passadas em stand-by e com uma festita ou outra pelo meio.

Por isso ficam aqui estas palavras, que me faz lembrar tudo o que tem sido a minha vida por Coimbra.


"Desfaz-se o tempo em rotinas e vontades
Em projectos e verdades
Em desgostos que se alastram
Em vestígios destorcidos
De nascentes que encontramos.

E é sempre quando seca
Que tudo se tem que agarrar a tudo que faz fugir
E a verdade passa a estar no fundo de um copo cheio do que se quer ser
e a Beata no chão que faz os olhos arder
É nova moda nas crianças que ainda estão a aprender
Como têm que estar e andar e beber e dançar e comer e falar e ouvir e sentar
e sorrir para saber existir!

Só eu sei ver o sol nascer

Desfaço-me em pedaços em retratos
Em mentiras que trocámos e abraçámos
Sim, fugimos, mas voltamos!
E o que presta é o que resta em nós...

No fim de festa onde todos sabemos quem somos
Ou que não se quer lembrar ou quem precisa de estar
Perdido noutro sonho
A mesmo noite o mesmo copo o mesmo corpo
A mesma sede que não sabe secar,
Onde se encontra sem se procurar
Onde se dança o que estiver a tocar,
Muito fumo, muito fogo,
Muito escuro onde somos o que queremos
Quase somos o que queremos
Quase fomos o que queremos...

Só eu sei ver o sol nascer"

Toranja, Só eu sei ver

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

Mais um trabalho

Como não gosto de SPAM no mail, também não o quero no Blog. A partir de hoje para comentar vai ser preciso um bocadinho mais de trabalho. Desculpem, mas é por uma boa causa.

Mais Magia

Coimbra está ainda mais mágica. Durante alguns dias é possível andar a passear pelas ruas e encontrar um ilusionista, ou até mesmo um palhaço. São os Encontros Mágicos desta cidade. É um espectáculo imperdivel. Durante pouco tempo, a qualquer dia, a qualquer hora, na baixa de Coimbra.

Hipócritas

Por muito que tente não consigo ser hipócrita. O que mais aprecio numa pessoa, seja ela quem for ou o que for, é o sorriso. Dia após dia, cada vez vejo menos gente a sorrir pelas ruas.

Voltando à primeira frase, conheci umas pessoas de quem não gosto, não sou só eu que não gosto delas, mas até aqui tudo muito bem. O que me custa a aceitar é que haja quem seja capaz de estar a sorrir, e rir, e falar muito bem, e dizer maravilhas, e, e....

Tudo isto para meia hora depois estarem a dizer que não gostam dos outros (das outras, no caso). Para mim é inconcebivel. Ainda não viram um sorriso meu. Nem hão-de ver!