segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Surreal...
sábado, 8 de setembro de 2007
As panelas
Longe do mundo, longe do tempo, assim, só. Olho para o bolso de vez em quando e sorrio porque é a única coisa que posso fazer. É incrível o que uma mente desocupada pode. Dramas e histórias complicadas que vão surgindo à medida que as horas passam...
No fundo a verdade é que um pouco de linha resolve tudo. Uma linha fina que ao passar várias vezes no mesmo buraco, cose e acaba por o fechar. A linha na forma de uma lata de tinta às 9 da manhã de um dia de sol.
Panelas. Andei a lavar panelas no Avante!
Soltas
Finos a meio euro;
Carvalhesa;
Lago;
Três grades;
Montes de gente que não julgava andar por cá;
Dois dias...
:)
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Entre o ré e o fá
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Carta
Saudade, essa palavra tão nossa. No plural dá saudades, saudades… Tantas. Tentei perceber o que era impossível até que desisti sabes? Também sabes que nunca fui pessimista e que gosto de gozar com eles, muito, aliás, gostamos.
Foi por isso que no Domingo me voltei a deitar com um sorriso nos lábios, um sorriso de quem pensa que viveu numa espécie de pesadelo acabado de terminar. A falta. A falta de tudo, de um simples olhar, de um sorriso, de um riso, da maneira como gritavas "Bétô", mais que isso tudo a falta das palavras, das tuas palavras, das nossas palavras, do código. Lembras-te do código? Nesse dia ao voltar a falar contigo fiquei um eu mais feliz, feliz por gostares do anormal, feliz por ver aquela foto que sei bem quando e onde foi tirada. Feliz por lembrar aquela noite, aquela manhã… Assim, só. Feliz. E cheio de esperança.
Segunda era outro dia, primeiro dia, primeiro exame, sem qualquer tipo de esperança de te ver. Não imaginas como fiquei quando sem estar à espera te vi ali, no lugar onde já devia ter procurado, encontrei de novo o teu sorriso, houve quem dissesse que tinha encontrado também o meu. Nesse dia de manhã passava na rádio uma música do Sérgio, sim, acordei a ouvir “o primeiro dia”. Primeiro dia de um novo ano, um novo começo pensei… Chegado à noite faço o balanço, fiz também o jantar ontem, exame para 20 e um belo sorriso, bom dia, pensei.
Sabes como acordei hoje? Acordei com uma “canção simples”, lembrei-me de ti, meia hora depois passou novamente no autocarro. Não mandei a mensagem que escrevi, não por pensar duas vezes mas porque me perdi no tempo e esqueci de carregar na tecla (acontece-me muitas vezes). Vou para o sitio do costume e tento estudar, não consigo, dou voltas a pensar no que hei-de escrever na folha em branco estendida à minha frente (tenho escrito muito nestes dias…) até que recebo aquela mensagem. Fico branco, ofereço o abraço que recusas e lembro-me de ir à tua procura. Ando os
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
...
Deve ser do café que eu insisto em tomar
Depois do jantar
Ou então do jantar
Que é preciso engolir quando o corpo diz não
Sem qualquer razão
Ou então dos problemas que eu teimo em complicar
Há sempre gente em pior condição
O miúdo das cautelas não reparou ao atravessar
Um automóvel atirou-o ao chão
Estou deitado na cama
E apetece-me acelerar
Não consigo pensar
Deve ser do cansaço de me ocupar demais
De coisas banais
Ou então é do vinho
Não se deve beber fora das refeições
Salvo raras excepções
Ou então do bloqueio em volta do pensamento
As ideias passam ao largo sem atracar
A rapariga do xaile era um verdadeiro monumento
Com monumentos não se pode falar
Estou aqui no sofá
E apetece-me evaporar
Conta-me uma história
Só mais uma história
Só mais uma história
Não consigo parar
É talvez a lembrança da criança que eu fui
Que ainda me dói
Ou então a amargura
De saber que não sou o herói que sonhei
E que abandonei
É talvez a loucura a envenenar-me a memória
Gritando em surdina: recordar é viver
Aquele velho no jardim também teve os seus sonhos de glória
Vou ser parecido com ele quando envelhecer
Ando às voltas de mim
E apetece-me adormecer
Conta-me uma história
Só mais uma história
Só mais uma história