Sou tendencialmente contra o aborto e acho que falta acima de tudo educar. Já não vivemos propriamente no século XIX, nem no XX. Mas fala-se em educar e lá vêm os teóricos a pedir aulas de educação sexual nas escolas. Acordem! Educação sexual sim, mas não é preciso mudar o mundo(escolar) para isso. Basta haver professores competentes como era(será ainda?) a minha professora de ciências do 8º ano(só essa). E quem não vai à escola? A escola pode ir a muito lado, mesmo com nomes diferentes. Depois há aqueles que defendem o não por causa do dinheiro. Concordo inteiramente com eles. “Eu” não tenho que andar a financiar abortos sem nexo. Mas se as pessoas forem educadas os abortos sem nexo tendem a desaparecer ao longo do tempo.
Para mim nunca esteve em causa a vida do feto, embrião, bebé, zézinho(lembram-se), ou o que lhe queiram chamar. Será que é muito difícil perceber que um puto indesejado à partida não irá ter uma vida propriamente feliz. Se é que vai ter vida. Alguns têm sorte, outros acabam num caixote do lixo depois do primeiro choro. E essas mesmas mulheres que abortam hoje num vão de escada, as que precisam de ser educadas, seja o aborto despenalizado ou não, irão continuar a ir parar ao hospital. Por uma doença relacionada com um aborto mal feito, ou para fazer um aborto com dignidade. Acima de tudo os senhores do não têm que ter uma coisa em mente, hoje em dia, quem quer abortar aborta. Com melhores ou piores condições, dependendo do dinheiro que tem no bolso. Votarei sim, porque não me imagino a votar não. Espero que depois de mudarem a lei os nossos governantes mudem mentalidades.
Para mim nunca esteve em causa a vida do feto, embrião, bebé, zézinho(lembram-se), ou o que lhe queiram chamar. Será que é muito difícil perceber que um puto indesejado à partida não irá ter uma vida propriamente feliz. Se é que vai ter vida. Alguns têm sorte, outros acabam num caixote do lixo depois do primeiro choro. E essas mesmas mulheres que abortam hoje num vão de escada, as que precisam de ser educadas, seja o aborto despenalizado ou não, irão continuar a ir parar ao hospital. Por uma doença relacionada com um aborto mal feito, ou para fazer um aborto com dignidade. Acima de tudo os senhores do não têm que ter uma coisa em mente, hoje em dia, quem quer abortar aborta. Com melhores ou piores condições, dependendo do dinheiro que tem no bolso. Votarei sim, porque não me imagino a votar não. Espero que depois de mudarem a lei os nossos governantes mudem mentalidades.
11 comentários:
Naturalmente não quero ver uma mulher ir presa por fazer um aborto.
Presos estamos nós, com os governates que temos, poucochinhos, como todos nós merecemos. E tão fácil será dizer: O Povo (que pensa poucochinho como os políticos) é que quiz assim...
O povo é BURRO. O estado é HIPÓCRITA. A vida é MADRASTA. Que nos resta senão a LIBERDADE? Voto SIM. SIM ao aborto porque já chega de faz de conta. Há mulheres que sofrem horrores, mulheres que não têm condições, mulheres sozinhas que avançam desesperadas...
mariannegreen
Eu vou votar SIM mas acho que as mulheres que recorrerem ao aborto devem ser identificadas e devem pagar para o fazer. Não falo em quantias que os mais pobres não consigam suportar, mas não se pode tornar numa saída fácil para uma ausência de responsabilidade. E qt ao medo de marginalizar as mulheres o aborto fará parte da sua ficha médica e por isso não é divulgada ao público... por isso n entendo o grande problema...
Da mesma maneira acho que a pilula do dia seguinte deve ser paga de modo a que as pessoas comecem a pensar mais na prevenção e meçam as consequências. Algo com tantos efeitos secundários não pode ser tomado de ânimo leve.
De qq modo os métodos de prevenção, como a pilula "normal", esses sim deveriam ser de graça.
Promover a prevenção antes da pseudo soluçao.
Acima de tudo haja informação, educação, dois palmos de testa e sentido de responsabilidade
Olha, dumb, há dias em que gosto de te ler, outros... como agora! em que só fica bem, no mínimo, se disser que Adoro ler!
Tens toda a razão! Quem tem de o fazer faz, seja como for. As consequências deste "seja como for" é que são a tragédia!
Mas mais ainda, tens a razão toda contigo quando afirmas que pessoas, sendo educadas, necessitarão muito menos de recorrer a pontos de não-retorno como o aborto!
E que não é preciso mudar o mundo escolar para mudar a educação... também! a razão toda! :)
Este post está numa escrita tão limpinha que apetece divulgar!
O que falta são pais que deixem de estar agarrados a mentalidades retrogadas e que falem com os filhos de uma maneira mais aberta!!!
Da mesma maneira que é preciso dinheiro para fazer abortos também é preciso dinheiro para quando as mães decidem ter os bebés. se a mulher for obrigada a ter a criança com ou sem condições, vai ser preciso dinheiro para o acompanhamento maternal durante os meses de gravidez, vai ser preciso pagar a médicos e a enfermeiros para fazerem o parto e vão ser necessários fundos para assegurarem o internamento da mãe e do bebé pós parto!!! todo este valor monetário se agrava se a criança tiver de ser posta numa instituição por ter sido dada para adopção!!!
Acima de tudo espero que se esta lei for promulgada, que as mulheres sejam bem acompanhadas por psicólogos e não sejam condenadas pelos outros! E eu acredito que com toda esta discussão as mulheres vão ficar mais esclarecidas e conscientes do que possam vir a fazer!
No dia 11 de Fevereiro a minha cruz vai estar no quadradinho do sim!
É isso mesmo! É preciso mudar a educação e consciência das pessoas, tornar-nos mais livres e solidários.
mas
será que o sim resolve o problema das mulheres "que sofrem horrores, mulheres que não têm condições, mulheres sozinhas que avançam desesperadas"?
será que não as deixa ainda mais sozinhas, arcando com um "a opção foi tua, porque é que não resolveste isso, não tenho nada a ver, arranja-te"?
fiquei escandalizada quando soube de uma amiga minha, hoje mãe solteira, que a primeira pergunta que fazem quando verificam uma gravidez na holanda é
"quer abortar?"
não, não lhe explicaram as consequências psicológicas, nem estudaram com ela alternativas... foi um simples "quer abortar?", sinónimo dos "é melhor resolver isso!" que ouvimos dos nossos patrões.
já tinha respondido mas não sei se não chegou a gravar..
"conversava" com a shootingstar:
infelizmente, não é a educação sexual ou o planeamento familiar ou a segurança social que estão a ser referendados.
E a realidade do aborto clandestino já nos diz que há mulheres que abortam não apenas uma vez mas 5 ou mais vezes.. estranho, não?
e se olho para as imagens de um feto de 10 semanas do national geographic ou outras fontes científicas, sou obrigada a reconhecer vida ali! está ali, autónoma e ao mesmo tempo dependente.. como nós, autónomos mas dependentes uns dos outros!
quando coloco isto tudo em cima da mesa, mais os casos que conheço de quem abortou e de quem não abortou, descubro que não consigo votar sim a esta lei
milene
É preciso votar SIM, e é preciso que TODA a gente vá votar!
E isto implica sensibilizar os amigos, a família, vizinhos, toda a gente.
Mas há quem concorde que uma mulher que faz um aborto deva ir presa? A consciência de cada um dita-lhe os seus imperativos, ma não podemos impô-los aos outros!
Votar SIM não significa ser a favor do aborto, significa acreditar e RESPEITAR as escolhas de cada um.
A campanha está aí e há muito trabalho a fazer! Para podermos fazer história... :)
ola dumb
como estou sempre a citar os mesmos autores provavelmente ja deves ter ouvido isto dito por mim: boas sao as ideias que tem o mesmo grau de confusao que as nossas (proust).
isto para dizer que tambem sou contra o aborto e por causa disso assumi uma maternidade aos 18 anos da qual nao me arrependo.
abraço da leonoreta
há grandes mulheres! :)
milene
sou contra todo tipo de aborto exceto um: se a mãe deseja!
Ela é dono do seu corpo e é ela que irá cuidar da criança.
Quem é contra totalmente o aborto é porque é a favor da prostituição, da deliqüência e das drogas e da violência!
Olímpio
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