segunda-feira, 16 de julho de 2007

Quase

Andorinhas que voam por entre as gotas numa tarde de Julho enquanto tolos se molham à chuva que quase não o é. Quase não molha, quase não existe. Quase.

Andarilhos daqui e dali quase a chegar ao destino, quase o fim, quase ali, quase destino que o destino não existe. Quase no fundo, falta o poço, sobra o rio, quase fundo, quase longe de tão perto que fica.

Vejo o ceu, já sem nuvens, ao longe, quase laranja, quase negro, quase dia, quase noite. Laranja quase doce, que o rasto do sol não se quer amargo.

2 comentários:

leonor costa disse...

Toda a vida é feita de "quases"!


www.nacorrentedavida.blogs.pot.com

babygirl disse...

quase... que palavra tão pequena mas grande na realidade! A eternidade que não existe num quase...
Bjs***

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