"Lá em baixo ainda anda gente
apesar de ser tão tarde
há quem cresça no escuro
e do dia se resguarde
há quem corra sem ter braços
para os braços que os aceitam
e seus braços juntos crescem
e entrelaçados se deitam
e a manhã traz outros braços
também juntos de outra forma
de quem luta e ao lutar
a si mesmo se transforma
E tu Maria diz-me onde andas tu
qual de nós faltou hoje ao rendez-vous
qual de nós viu a noite
até ser já quase de dia
é tarde, Maria
toda a gente passou horas
em que andou desencontrado
como à espera do comboio
na paragem do autocarro"
apesar de ser tão tarde
há quem cresça no escuro
e do dia se resguarde
há quem corra sem ter braços
para os braços que os aceitam
e seus braços juntos crescem
e entrelaçados se deitam
e a manhã traz outros braços
também juntos de outra forma
de quem luta e ao lutar
a si mesmo se transforma
E tu Maria diz-me onde andas tu
qual de nós faltou hoje ao rendez-vous
qual de nós viu a noite
até ser já quase de dia
é tarde, Maria
toda a gente passou horas
em que andou desencontrado
como à espera do comboio
na paragem do autocarro"
Sérgio Godinho, Lá em baixo
2 comentários:
:)
Eu?
Eu passo muito do meu tempo desencontrada... mas ando a tentar encontrar a paragem certa, agora!
:) (o SG foi sempre escrevendo umas coisas de quem sabe mesmo das coisas, não é?)
Gosto bastante desta musica, alias tds a musicas dele tem algo q nos cativa... gosto da musica e do teu blog... os comboios, os transportes em geral, as plataformas, estes não-lugares, serão sempre dos lugares mais interessantes e onde conseguimos ter dos pensamentos mais intimos conosco mm... continua...ah e cuidado c a imitações ;)
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