Do fogo, da chama, da fogueira, do quente, fica o lugar. O lugar no chão, o lugar no tempo, o lugar na memória, o lugar nos olhos que ainda vêm os pedaços de cinza esvoaçante, o lugar no nariz que cheira o plástico ardido, o lugar nos ouvidos que ainda ouvem as quatro letras com dois acentos, o lugar no espaço-tempo que é assim uma coisa inexplicável.
O lugar de onde se podia ver o sol nascer, de onde quem era capaz de ver o sol nascer via o sol nascer, o lugar casa com a vista de casa ali mesmo ao lado e a brisa leve da manhã a bater no sorriso nunca fechado.
O lugar que havia sem nada no bolso, nem truques na manga, nem nada mais que não fosse ele mesmo. Mas as pessoas grandes querem sempre ver o chapéu onde estava um elefante dentro de uma jibóia...
2 comentários:
Os lugares... os lugares... nunca se esquecem... porque pelos menos os lugares ficam sempre...
E porque é que nós ao crescermos temos tanta dificuldade em manter as coisas simples e em simplesmente disfrutar dos lugares por onde passamos e de onde somos?!
continua a olhar...
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