os xilofones embalam
todas as certezas condensadas num xilofone de fazer sorrisos. [aprendi uma vez num documentário, daqueles que quase ninguém vê, como é que se apanham os impostores. por mais brancos que sejam os dentes há coisas impossíveis de fingir] gosto de xilofones, do som que me faz lembrar cartolinas brancas coloridas com lápis-de-cera sem cor e tinta da china e da porta ao lado onde havia um fato vermelho. [é preciso um pouco de laranja, ou outra cor, depende da pessoa]
divagações sem sentido.
sentido, como se todas as coisas precisassem de o ter. e nem se há-de descansar nunca até ao dia em que se puser tudo numa qualquer fórmula cheia de números e letras. mas isto é o que é e as pessoas são assim. C, H, N, O. carbono, hidrogénio, azoto e oxigénio. é isto! a vida é isto, ensinaram-me na escola há uma dúzia de anos atrás. tudo simples simples simples. e somos iguais à mosca e à aranha e aos bichinhos que vão comendo a merda do esgoto. claro que não inventam caixas de música nem máquinas de teletransporte mas talvez sejam felizes à sua maneira.
a verdade é que ela mesmo só existe até ao dia em que se transforma em mentira, basta olhar um pouco para trás e ver onde está agora o nosso grande império ou o muro que dividia o mundo... no meio de tudo isto dizem que sempre houve mar e o sol a mergulhar ao fim da tarde.
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