segunda-feira, 5 de abril de 2010

guinness

os papeis amarelados na parede anunciam alheiras e sorrio. vem-me à cabeça a nossa ânsia de recordes e surge.me a ideia de que o senhor adolfo possa ter sido apenas um invejoso ao bater palmas quando ouviu falar dos fornos gigantes.

tendo em conta as questões técnicas, não sei se não nos pertence o recorde de maior número de judeus mortos num fim de semana. foi numa páscoa destas, algures no rossio, vai para quinhentos e poucos anos.

mais um. haverá cidade no mundo com mais nomes de santos pelas ruas que esta? chegamos a santa apolónia, vê-se o branco do são vicente que se deve entreter a ouvir a amália, abre.se o passo, sobe-se um bocado e o são pedro poe.nos um sorriso nos lábios, mais meia dúzia de passos compridos e surge a catarina, santa também. outro ponto de vista para o mesmo rio lilás e são bento ali já ao lado. pasteis em santa maria de belém, o santo antónio à espera de um dia doze já não muito distante. o são josé deixou a carpintaria e dedicou.se às ligaduras, também há o sebastião que guarda os horriveis grandes armazéns de nuestros hermanos... até o castelo não é da cidade mas do são jorge.

e quantos mais debaixo dos pés? haverá cidade no mundo com mais pedras de calçada? da nossa, a portuguesa.obra.de.arte que calcamos sem dar conta, sem quase nunca dar conta. depois aparecem os visigodos do século vinte e um de máquina fotográfica em punho e há quem os julgue tolos por fixarem a objectiva no chão com o maior dos cuidados.

do resto, é verdade que os inteligentes afirmam que das coisas subjectivas não se pode fazer medida, mas ainda estou à espera que venha o primeiro que diga não gostar da luz. quando a vir, claro está.

Sem comentários:

Enviar um comentário