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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Já deu

Em tons de amarelo, toca já quase velha canção, "Yellow", "look how they shine for...".

E já há lua e estrelas e céu. Ainda há um par de dias caía a chuva e as folhas com ela. Só algumas que as outras lá ficaram penduradas qual guarda chuva gigante...

Na rotunda larga os carros continuam a passar como se nada fosse, passavam há uns anos também, enquanto lá longe em Srebrenica as valas iam ficando um pouco mais cheias de corpos sem gente dentro.

Acabou de nascer uma violeta plantada numa terrina...

domingo, 15 de junho de 2008

Tal fosse um copo grande embora sem o fundo

"A rua quebra-me a força negativa.
Sorrir,
Não é pêra doce!"

Ornatos Violeta, Letra S

sexta-feira, 6 de junho de 2008

manel cruz

"Há quem veja em Jeremias apenas mais uma vítima da sociedade
Muito embora ele tenha a esse respeito uma opinião bem particular
É que enquanto um criminoso tem uma certa tendência natural para ser vitimado
Jeremias nunca encontrou razões para se culpar

Porque nunca foi a ambição, nem a vingança, que o levou a desprezar a lei
E jamais lhe passou pela cabeça tentar alterar a Constituição
Como um poeta ele desarranja o pesadelo para lá dos limites legais
Foragido por amor ao que é belo e por vocação"

Jorge Palma, Jeremias, o fora da lei

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Com pequenas pintas nas asas...

se eu largar eu sinto a sua falta
se eu agarro ela perde a cor
ela não é dos meus dedos
é dos meus medos
e faço-me passar por uma flor
tento imaginar o que ela diz
à espera de aprender
à face da rua existe a lua
mas não é tua
à margem da estrada não há nada
mas já te agrada
tu és o teu mundo
tu és o teu fundo
tu és o teu poço
és o teu pior almoço
és a pulga na balança
és a mãe dessa criança
és o mal
és o bem
és o dia que não vem

agora pára de fazer sentido
não vês que assim estás a pisar fora da estrada
vê se agora paras de fazer sentido de uma vez
não vês que nada te dirá mais do que nos diz nada

vê que o meu coração ainda salta
quer e julga ser capaz
não o faça por meus medos
faça nos dedos
e eu fico para ver o que ele faz
sem imaginar o que eu não fiz
à espera de viver
à face da chama existe a fama
mas não te ama
à margem do nada não há estrada
já não te agrada
tu és o teu preço
és a tua glória
tu és o teu medo
és a parte má da história
vê que o sol ainda brilha
ainda tem por onde arder
não é mau
não é bom
são razões para viver

se eu largar eu vou sentir a tua falta

tu és tu sempre que tu és
és mesmo tu quando pensas que és outra coisa
e tu pensas que não
mas tu és mesmo bom a ser sempre quem és

daí o teu motivo ser inapagável
daí o teu desejo ser incontornável
o prazer é tão maleável
daí o seu valor ser inestimável

a razão de existir de um poeta é

Manel Cruz, Borboleta

domingo, 30 de março de 2008

#

"Visitou-me um velho amigo
Outrora solto em meu umbigo
Eu dei-lhe abrigo na prisão"

Ornatos Violeta, O.M.E.M.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

sábado, 27 de outubro de 2007

I

"But they don’t know how really feels
They’re just here on holidays
Like dummies filling landscapes
How could they see you cry?"

David Fonseca, Superstars II

II

"When you held me,
we fought windmills together"

The Gift, Pure

domingo, 21 de outubro de 2007

...

"Lá em baixo ainda anda gente
apesar de ser tão tarde
há quem cresça no escuro
e do dia se resguarde
há quem corra sem ter braços
para os braços que os aceitam
e seus braços juntos crescem
e entrelaçados se deitam
e a manhã traz outros braços
também juntos de outra forma
de quem luta e ao lutar
a si mesmo se transforma

E tu Maria diz-me onde andas tu
qual de nós faltou hoje ao rendez-vous
qual de nós viu a noite
até ser já quase de dia
é tarde, Maria
toda a gente passou horas
em que andou desencontrado
como à espera do comboio
na paragem do autocarro"

Sérgio Godinho, Lá em baixo

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Não existes!

Lá voltaste a puxar para ti o lençol
Como que a privar meus sonhos do último raio de sol
Amigos são sobras do tempo
Que enrolam seu tempo á espera de ver
O que não existe acontecer

Mas teimas em riscar o fim do meu chão
Nunca medes a distância
Dos passos á razão
Meus votos são claros na forma
Desejo-te o mesmo que guardo p'ra mim
E o que não existe não tem fim

É só dizer e volto a mergulhar
Voltar a ler não é morrer é procurar
Não vai doer mais do que andar assim a fugir
Deixa-te entrar para tentar ou destruir

Mas quem te ouviu falar
Pensou tudo vai bem
Só que alguém vestiu a pele
Que nunca serve a ninguém
E a dúvida está do meu lado
Mas eu não consigo olhá-la e achar
Ser esse o lado em que ela deve estar

Erguemos um grande castelo
Mas não nos lembramos bem para quê
E é essa a verdade que se vê

É só dizer e volto a mergulhar
Voltar a ler não é morrer é procurar
Não vai doer mais do que andar assim a fugir
Deixa-te entrar para tentar ou destruir
Mas sem fingir
Sem fingir
Sem desistir

Manel Cruz, Amigos de quem

sábado, 6 de outubro de 2007

#

"A terra é grande
é pequenina
do tamanho apenas da tangerina
quem mata e morre
nunca percorre
os caminhos do que há de melhor
nesse sumo
a vida, gomo a gomo"

Sérgio Godinho, O Primeiro Gomo da Tangerina

sábado, 29 de setembro de 2007

Nada complicado

São dois braços, são dois braços
servem pra dar um abraço
assim como quarto braços
servem para dar dois abraços

E assim por aí fora
até que quando for a hora
vão ser tantos os abraços
que não vão chegar os braços

Vão ser tantos os abraços
que não vão chegar os braços
prós abraços

Sérgio Godinho, Canção dos abraços

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Ar!

Breathe, breathe in the air
Don't be afraid to care
Leave but don't leave me
Look around choose your own ground
For long you live and high you fly
And smiles you'll give and tears you'll cry
And all you touch and all you see
Is all your life will ever be
Run, rabbit run
Dig that hole, forget the sun,
And when at last the work is done
Don't sit down it's time to dig another one
For long you live and high you fly
But only if you ride the tide
And balanced on the biggest wave
You race toward an early grave

-reprise-

Home, home again
I like to be here when I can
When I come home cold and tired
It's good to warm my bones beside the fire
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells


Pink Floyd, Breathe

domingo, 16 de setembro de 2007

Venham, venham caloirinhos!!!

"Quem te não viu anda cego
E quem te não ama não vive"

José Afonso

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

...

Não consigo dormir
Deve ser do café que eu insisto em tomar
Depois do jantar
Ou então do jantar
Que é preciso engolir quando o corpo diz não
Sem qualquer razão
Ou então dos problemas que eu teimo em complicar
Há sempre gente em pior condição
O miúdo das cautelas não reparou ao atravessar
Um automóvel atirou-o ao chão
Estou deitado na cama
E apetece-me acelerar

Não consigo pensar
Deve ser do cansaço de me ocupar demais
De coisas banais
Ou então é do vinho
Não se deve beber fora das refeições
Salvo raras excepções
Ou então do bloqueio em volta do pensamento
As ideias passam ao largo sem atracar
A rapariga do xaile era um verdadeiro monumento
Com monumentos não se pode falar
Estou aqui no sofá
E apetece-me evaporar

Conta-me uma história
Só mais uma história
Só mais uma história

Não consigo parar
É talvez a lembrança da criança que eu fui
Que ainda me dói
Ou então a amargura
De saber que não sou o herói que sonhei
E que abandonei
É talvez a loucura a envenenar-me a memória
Gritando em surdina: recordar é viver
Aquele velho no jardim também teve os seus sonhos de glória
Vou ser parecido com ele quando envelhecer
Ando às voltas de mim
E apetece-me adormecer

Conta-me uma história
Só mais uma história
Só mais uma história

Jorge Palma, Só mais uma história

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Onomatopeia para um qualquer palhaço especial

" ...
PA-RA-PA-PA-PA-PA-PA
PA-RA-PA-PA
... "

Xarope de lima

"See the world in green and blue
See China right in front of you
See the canyons broken by cloud
See the tuna fleets clearing the sea out
See the Bedouin fires at night
See the oil fields at first light
And see the bird with a leaf in her mouth
After the flood all the colors came out"

U2, Beautiful Day

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

"Segue-me à luz, na escuridão não"

Pluto, Segue-me à luz

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Também TU

Há qualquer coisa de leve na tua mão
Qualquer coisa que aquece o coração.
Há qualquer coisa quente quando estás
Qualquer coisa que prende e nos desfaz.

E fazes muito mais que o sol!
Fazes muito mais que o sol!

A forma dos teus braços sobre os meus
O tempo dos meus olhos obre os teus
Desço nos teus ombros para provar
Tudo o que pediste pra me dar

E fazes muito mais que o sol!
Fazes muito mais que o sol!
Fazes muito mais que o sol!
Fazes muito mais...

Tens os raios fortes a queimar
Todo o gelo frio que construi
Entras no meu sangue devagar
E eu a transbordar dentro de ti

Tens os raios brancos como um rio
Sou quem sai do escuro pra te ver
Tens os raios puros do luar
Sou quem grita fundo pra te ter

Fazes muito mais que o sol!
Fazes muito mais que o sol!
Fazes muito mais que o sol!
Fazes muito mais...

Quero ver as cores que tu ves
Pra saber a dança que tu és
Quero ser o vento que te faz
Quero ser o espaço onde estás
Deixa ser tão leve a tua mão
Para ser tão simples a canção
Deixa ser das flores o respirar
Para ser mais facil te encontrar

E fazes muito mais que o sol!
Fazes muito mais que o sol!
Fazes muito mais que o sol!
Fazes muito mais...

Vem quebrar o medo
Vem saber se há depois
E sentir que somos dois
Mas que juntos somos mais

Quero ser razão pra seres maior
Quero te oferecer o meu melhor
Quero ser razão pra seres maior
Quero te oferecer o meu melhor

E fazes muito mais que o sol!
Fazes muito mais que o sol.....

Tiago Bettencourt, Canção simples