terça-feira, 9 de janeiro de 2007

There...

The lunatic is on the grass
The lunatic is on the grass
Remembering games and daisy chains and laughs
Got to keep the loonies on the path

The lunatic is in the hall
The lunatics are in my hall
The paper holds their folded faces to the floor
And every day the paper boy brings more

And if the dam breaks open many years too soon
And if there is no room upon the hill
And if your head explodes with dark forbodings too
Ill see you on the dark side of the moon

The lunatic is in my head
The lunatic is in my head
You raise the blade, you make the change
You re-arrange me till Im sane
You lock the door
And throw away the key
Theres someone in my head but its not me.

And if the cloud bursts, thunder in your ear
You shout and no one seems to hear
And if the band youre in starts playing different tunes
Ill see you on the dark side of the moon

Pink Floyd, Brain damage

sábado, 6 de janeiro de 2007

Marés

Pela primeira vez desde que me lembro, para além de ter mudado o ano mudou também o sistema horário. Os segundos transformaram-se em minutos e as horas nunca mais chegam. As esperas estão mais longas que nunca. Paralelamente a tudo isto, mergulhei numa melancolia extrema que me leva a ter ataques de estupidez, desvios de atenção e uma predisposição para o insulto nada vulgar na minha pessoa. A irritação atingiu o auge quando há momentos num qualquer noticiário mostraram uns putos espanhóis a abrir os presentes. Mas que tenho eu a ver com isso? E com tudo o resto que me vão teimando em perguntar? -Acha que as casas de banho do centro comercial são boas? Que estão à espera que responda? Que preferia azulejos amarelos em vez de azuis? Perguntem-me antes se gosto de esperar pelo autocarro em pé na paragem que não tem bancos. Perguntem-me se quero que o dinheiro das minhas propinas vá parar ao bolso de um qualquer incompetente sentado à beira do tacho. Mas perguntem depressa antes que a neura passe...

domingo, 31 de dezembro de 2006

Que tenham um bom 2007

"Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver para vir
Se encontrar uma ilha
Paro para sentir

E dar sentido à viagem
Faz sentir que sou capaz
Se o meu peito diz coragem
Volto a partir em paz"

Aqui vou eu, ouvir os foguetes...

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

2006

Tanta coisa que havia para falar deste ano que ainda há-de durar mais uns dias... Tantas coisas que já não me devo lembrar de muitas. Acima de tudo irão ficar algumas palavras, muitas imagens -tenho pena, muita pena, se um dia tiver uma daquelas doenças manhosas que vão apagando a memória- e sonhos -uns realizados, outros nem por isso- deste ano que passou.

Enquanto olho para o vazio lembro-me de dois dias de Maio, seguidos, por acaso. Dois dias que mudam a maneira de olhar para as pessoas que estão à volta, muitas com sorrisos fingidos que desaparecem mal a noite cai ou o dia nasce. Ninguém disse que a vida era um mar de rosas, pois não?

E a festa, ou melhor, as festas... Marcaram, mudaram mais umas coisas, há definições que foram revistas na minha mente -respeito, solidariedade, consumismo, apatia...-. Também apareceram pessoas novas, reapareceram pessoas “velhas” e vi ser realizado um sonho que vi nascer, embora não na minha cabeça. Boa Sorte! 2007 que venha, estou à espera...

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

E se...

E se um dia, no fim de jantar, quando estivessem a beber o café da praxe faltasse a luz?
E se depois, ao chegar a casa não houvesse nada para fazer?
E se o rádio, que trabalha a pilhas, não tivesse pilhas?
E se a pouca luz das velas não desse para ler?
E se não houvesse sono para dormir?
E se de repente surgisse a ideia de tirar as pilhas do comando da televisão para por no rádio?
E se ao ligar o rádio ouvissem algo como eu ouvi?

Kumpania Algazarra

Kumpania Algazarra

Ó cidade de ilusão
que te vestes de cimento e alcatrão
não me encontro nem a ti
nos muros que fazem de ti prisão
Vamos fazer uma festa e dançar
a alegria de podermos cantar
sem barreiras na maneira de pensar
que as palavras são pontes a atravessar
Ó caminhosem destinos
ó tu sabes o que podemos esperar
nossa aposta em criar
novas formas de nos aproximar

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Os inteligentes dizem muita coisa...



Isto sim, foi uma prenda de Natal. Interessa lá que tenha sido oferecida no fim do Verão...

"A Naifa", Festa do Avante, 2 de Setembro de 2006.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Post sobre o Natal

Não gosto do Natal.
Acho que não é preciso um pretexto para andar alegre.
As prendas deveriam ser dadas quando nos apetecesse dar prendas e não porque no Natal se dão prendas.
A "solidariedade" natalícia faz-me confusão.
Salvam-se as luzes...

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

#5

Hoje acordaste de uma forma diferente dos outros dias
Sentes-te estranho
Tens as mãos húmidas e frias
Tentas lembrar-te de algum pesadelo
Mas o esforço é em vão
Parece-te ouvir passos dentro de casa
Mas não sabes de quem são Deixas o quarto
E vais à sala espreitar atrás do sofá
Mas aí tu já suspeitas que os fantasmas não estão lá
Vais à janela e ao olhares para fora
Sentes que perdeste o teu centro
E de repente descobres
Que chegou a hora de olhares para dentro
Porque há qualquer coisa que não bate certo
Qualquer coisa que deixaste para trás em aberto
Qualquer coisa que te impede de te veres ao espelho nu
E não podes deixar de sentir que o culpado és tu
Vês o teu nome escrito num envelope
Que rasgas nervosamente
Tu já tinhas lido essa carta antecipadamente
E os teus olhos ignoram as letras
E fixam as entrelinhas
E exclamas: "Mas afinal... estas palavras são minhas!"
O caminho para trás está vedado
E tens um muro à tua frente
E quando olhas prós lados vês a mobília indiferente
E abandonas essa casa
Onde sentiste o chão a fugir
Arquitectas outra morada,
Mas sabes que estás a mentir
Porque há qualquer coisa que não bate certo
Qualquer coisa que deixaste para trás em aberto
Qualquer coisa que te impede de te veres ao espelho nu
E não podes deixar de sentir que o culpado és tu

E não podes deixar de sentir que o culpado és tu

Jorge Palma, Balada de um estranho

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Insólito

Algo surreal aconteceu ontem à tarde, em Coimbra.

Num autocarro a abarrotar haviam 3 lugares vagos na parte de trás, como sempre as pessoas em vez de se enconstarem à janela preferem sentar-se do lado do corredor, vá lá saber-se porquê...

O que eu vi foi um rapaz pedir a uma senhora, que estava sentada num desses lugares, para se sentar. E qual foi a reacção? A senhora levantou-se, pensei eu que para deixar o rapaz passar, e não se voltou a sentar. E não, não saiu na paragem seguinte mas sim na última. Moral da história, a tal personagem preferiu ir de pé meia hora em vez de sentar ao lado do tal rapaz. O tal rapaz era preto.