sábado, 14 de outubro de 2006

Filho de outra guerra no trilho de outra paz...

Eu sei, eu quis demais
E o sonho nada traz
Sonhar seduz a paz

Eu sei eu vi em meu crescer
Que eu vou sempre dar a mim
Imploro a luz e sigo sempre a sombra
Imploro a morte e volto a luz

Alguém pensou em mim a boca da varanda
Eu não senti que houvesse alguma razão para amar
Imploro a queda como quem não quer saber

É tempo de nascer devagar
Não quero ver o fim chegar sem eu nascer
Devagar eu não quero ver o fim sem eu nascer

Quando eu sonho eu levo a minha força até ao fim
E quando o sonho acaba cego eu olho fundo para mim
Não vejo nada alem da tão real ausencia de outra luz
E só por ela volto a minha cruz, a minha cruz

Eu vi meu pai nascer na mesma cama de outros homens
E hoje eu sei, eu aprendi
Já nada importa agora a luz que eu trago de onde vim
Se há luz la fora eu quero que haja luz em mim

É tempo de nascer devagar nao quero ver o fim chegar sem eu nascer
Devagar eu não quero ver o fim sem eu nascer

Vem ver quem vi nascer
É filho de outra guerra
No trilho de outra paz

Alguém entrou em mim
Entrego a minha espada
Eu não senti que houvesse alguma razao para amar

Imploro a queda como quem não quer saber
É tempo de nascer devagar
Não quero ver o fim chegar sem eu nascer
Devagar
Eu não quero ver o fim sem eu nascer

Nascer devagar

Ornatos Violeta, Nascer Devagar

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