sábado, 27 de outubro de 2007

De fora

Cai a noite e e lua fica lá no alto a brilhar que nem tola. Há entre dois lados de dentro um lado de fora onde fico, escassos metros e só o céu negro por cima, vê-se a lua lá do alto, cai ar fresco naquele espaço.

Seguem as canções. Novas, velhas, algumas já gastas de tanto cantadas, de tanto ouvidas, saem palavras, desfazem-se conversas num abrir e fechar de olhos. Não chove e há água no chão.

Há a distância fisica, só essa, há um entender maior que surge entre copos de plástico que vão ficando vazios e há o saber de ser, o saber que se é. O poder juntar passados e presentes e vê-los literalmente de mão dada a correr no meio de caras e corpos espalhados num canto junto ao rio.

Entretanto os outros olham e não vêm, e se vêm não percebem e acho na sua pequenez a grandeza de poucos, meia dúzia de irredutiveis que ainda vão acreditando que o amanhã não existe e os meteoritos caem do céu a toda a hora.

1 comentário:

Anonymous disse...

do lado de fora, num espaço bem pertinho de nos!!!
B!

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