quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Contamos segundos
Instantes escassos
Caímos mil vezes
Seguidas de abraços;
A dança é divina
Ela vive no ar
Ela voa sem asas
Não quer aterrar

É bom arriscar o salto,
Planar,
Sentir de novo emoção...
É tão bom
Saber que a morte
É falhar
Voar de encontro à tua mão

Aqui, no trapézio,
A rede é distante
O meu horizonte
É um braço errante;
Despimos as horas
Perdidos no espaço,
Entre o rugir de um leão
E o choro de um palhaço

É bom arriscar o salto,
Planar,
Sentir de novo emoção...
É tão bom
Saber que a morte
É falhar
Voar de encontro à tua mão

Jorge Palma, Trapézio

4 comentários:

Vanessa disse...

:)

marisa disse...

"Caímos mil vezes, seguidas de abraços...".Gosto imenso desta parte. Os abraços a amortecerem a dor da queda!

D disse...

bem bom.
como escreve esse homem!

João disse...

Bom gosto!

Enviar um comentário