sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Relativo

Sempre a distancia que não existe a pregar partidas estupidas. O ir onde não se quer bem estar só porque se tem que estar algures. Ai vagueia a mente para outros lugares, para outras horas, vagueia numa dança sem fim ao mesmo tempo que observo as danças que vão tomando forma mesmo ali, à minha frente.

Pergunto então à força qual a razão, quais as razões, mas não tenho resposta. Faz sentido, afinal tudo faz sentido mesmo quando não o tem. Como a areia que voa na praia e acaba por me empurrar para lugares que não via já fazia algum tempo. Como tudo, como nada, como acordar e ver uma gaivota em frente sem saber como o corpo ali foi ter, como ir só por achar que sim e partir instantes depois.

Olho para o velho tempo como grãos de areia metidos numa qualqer ampulheta manhosa. Grãos de areia sem padrão, uns grandes, uns pequenos que passam na fresta como bem lhes apetece, ora devagar devagarinho, ora depresssa quase à velocidade da luz. Relativo, é tudo relativo já dizia o senhor Alberto. Do tempo ao gomo, da distância ao sumo, do querer ao estar.

3 comentários:

leonoreta disse...

ola dumb
se tudo faz sentido é porque há destino. se não há destino o sentido que se deduz no efeito é aquele que era possivel pela causa.
nao sei se me expliquei bem. mas acho que melhor tambem nao sei explicar, rss
beijinhos

Dumb disse...

Acho que isto está tudo ligado e no fim tudo há-de fazer sentido, mas sem destino.

babygirl disse...

Muito forte!
Nem sei bem o que dizer... apenas que gostei... e muito!
Bjs***

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