segunda-feira, 31 de julho de 2006

Um ano depois...

É amanhã dia 1 de Agosto
E tudo em mim é um fogo posto
Sacola às costas, cantante na mão
Enterro os pés no calor do chão
É tanto sol pelo caminho
Que vendo um, não me sinto sozinho
Todos os anos em praias diferentes
Se buscam corpos sedosos e quentes

Adoro ver a praia dourada
O estranho brilho da areia molhada
Mergulho verde nas ondas do mar
Procuro o fundo pra lhe tocar
Estendido ao sol, sem nada a dizer
Sorriso aberto de puro prazer
Todos os anos em praias diferentes
Se buscam corpos sedosos e quentes

Xutos & Pontapés, 1º de Agosto

terça-feira, 25 de julho de 2006

Fim

Acabou um ano. Mais um. E agora é tempo de mudar...

sábado, 22 de julho de 2006

Regressos

ás vezes sabe bem voltar a sítios onde não se ia há anos. é engraçado ver o espanto das pessoas estampado na cara por verem alguém no mesmo sitio onde tinha passado umas boas horas da infância mais de dez anos depois.

sabe bem mas é estranho, e vêm à cabeça memórias. memórias como aquele agrafo espetado no dedo que doeu um bocado, memórias de gente que entretanto já saiu de cena, memórias de um tempo em que era suposto andar só de um lado para o outro sem pensar verdadeiramente em nada.

acho que para eles continuo a ser o puto que por lá andava a brincar. o puto que tinha medo de ser assado vivo num forno de lenha. o puto que era esquisito ao ponto de teimar em não comer queijo. afinal de contas ainda hoje não o como.

domingo, 16 de julho de 2006

Estufa

É nestas alturas que acho graça aqueles que teimam em negar o òbvio. Efeito de estufa? Não! Este calor é normal. E falam de anos passados há décadas e não querem perceber que tudo mudou.

Será que eles não pervebem que fumar um cigarro de vez em quando não é o mesmo que fumar dois maços por dia?

Assim vamos começando a viver na famosa estufa. E o cheiro a sovaco nos autocarros amarelos impera dia após dia...

segunda-feira, 10 de julho de 2006

"A terra é um astro quadrado que gira à volta da lua."

A terra é um astro.

A terra gira.

domingo, 2 de julho de 2006

A minha frase

Na cozinha como na vida, o importante é um bom refogado...

quinta-feira, 29 de junho de 2006

Coisas...

Por estes dias tem estado num centro comercial de Coimbra uma caixa. É uma caixa transparente. No fundo tem moedas e notas, muitas mesmo. A tal caixa está lá para recolher dinheiro para que os bombeiros possam comprar coisas. Também lá está um cartaz em forma de homem a informar que com o dinheiro angariado já foram comprados quatro fatos de protecção.

O que eu pergunto é se há mesmo necessidade de acções destas. Seria tão mais fácil se quando nos cobram impostos nos perguntassem a quem queriamos dar o dinheiro... De certeza que muito dele ia para os tais homens, e mulheres, que muitas vezes deixam as suas vidas para salvar as dos outros, ou por vezes até para não salvar nada mais que umas árvores há muito deixadas ao abandono.

Mas não, enquanto não soubermos definir prioridades no nosso país as forças que vão zelando pela nossa segurança iram continuar a (sobre)viver muitas vezes à custa de restos e esmolas. Será essa uma das diferenças entre um melhor e um pior país? Acho que sim!

sábado, 24 de junho de 2006

Só cansado...

O que há em mim é sobretudo cansaço
— Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser…

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto…
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço…

Álvaro de Campos

quinta-feira, 22 de junho de 2006

Verão

Ontem foi o dia mais longo do ano e só hoje é que dei por isso. Como se até agora todas as horas de dia que o sol me trouxe tivessem sido bem aproveitadas.

Quando chegar o Inverno cá estarei a queixar-me que os dias são curtos. Enquanto são longos vou ficando por casa. Ai Agosto...

sábado, 17 de junho de 2006

Lá fora chove e...

Mais uma vez as peças voltam ao mesmo lugar de sempre. Se é verdade que o mundo dá muita volta, não é mentira que por mais voltas que dê, pára sempre no mesmo sitio.

Se até um relógio parado está certo duas vezes por dia... Acho que o tempo começou a correr a meu favor. Acho.