quarta-feira, 4 de abril de 2007

Já que é Páscoa...

Qual é o teu Deus? Tens? Acreditas? Há algo mais?

Descobertas

Uma das coisas boas de estar de "férias" é poder vegetar mais um bocado, sem horários. E claro, arrumar. E é tão bom encontar coisas que se julgavam já desaparecidas que afinal estavam só guardadas algures dentro de uma gaveta cheia de papeis.

É verdade, encontrei uma espécie de mapa do tesouro, só falta a cruz.

domingo, 1 de abril de 2007

Não caiu o trapezista

Descalços rua acima, enquanto isso um qualquer iluminado descontente diz que este país é uma merda. "Tiveste gente de muita coragem..." ouviu-se. É nestes pequenos momentos que se faz a triagem entre os verdadeiros. Quando os lugares pitorescos e as palavras se confundem de uma maneira tão espontânea que chega a arrepiar quem não sabe muito bem onde está.

O senhor Orwel aparece quase ao mesmo tempo do senhor Palma e a noite segue sem plano até já ser possível calçar os sapatos. 1984, e o Portugal que alguns ainda conseguem ver, mais os lugares que se podem apenas imaginar.

E um dia, quando todos abandonarmos esta cidade, de certeza arranjaremos maneira de cá voltar, nem que seja para ir buscar a garrafinha de traçado que deixámos escondida, bem escondida...

quarta-feira, 28 de março de 2007

!?

a tua pressa não é nunca a pressa dos outros e se a lei de Murphy existe, por alguma coisa é. de nada valem os gritos e os encontrões, de nada vale o pé no acelerador para alguns quilómetros depois estar parado numa fila.

de nada vale apressar hoje aquilo que apenas amanhã pode ser feito. alguém consegue imaginar o que teria sido aquele dia noutra noite?

as cartas estão na mesa e o jogo é longo. há que deixar correr. agora não me venham com as pressas e o "tem que ser até amanhã...". tem que ser quando tiver que ser.

o riso é espontâneo, eu sei...

domingo, 25 de março de 2007

A Democracia como ela é...

E o maior Português de todos os tempos foi um homem mesquinho das beiras que via Portugal como um brinquedo, numa lógica de quero, posso e mando. Um homem que tinha como ideal de vida sobreviver e como se isso não bastasse, tentou impedir os outros de sonhar. Um homem que guardava o dinheiro debaixo do colchão e que nunca percebeu que investir não é gastar. Um homem iluminado a quem alguém montou uma máquina que se encarregava de fazer a propaganda mundo fora. Uma maravilha de governante.

Uma das pessoas que mais nos devia envergonhar foi, imagine-se, pela primeira vez, já na morte, democraticamente eleito. Ironia. Aproveitem agora alguns para erguer o braço estendido em direcção ao céu, festejem, mas de seguida envergonhem-se.

Houve em tempos uma frigideira em África...

PS: Acredito que a votação venha a ser manipulada até ao fim do programa e o número um venha a ser outro. Talvez o Afonso.

Grandes (Re-Post)

A propósito da discusão que por ai anda acerca de escolher o melhor português e da polémica lista em que certos nomes foram omitidos decidi fazer uma lista daqueles em que vou votar.

D.Afonso Henriques, uma vez que para além de ter fundado este belo país, teve o bom senso, e bom gosto, apesar de ter andado por Guimarães, de querer ficar em Coimbra para sempre;

D.Dinis, porque sempre simpatizei com a personagem. O homem "fez" a primeira universidade do nosso país, "plantou" um pinhal extremamente útil e ajudou a criar uma lenda de Coimbra;

Inês de Castro, para lá da história de amor estava um grande interesse politico. E só poderia ter sido uma grande mulher a fazer com que um vulgar principe ficasse na nossa história para sempre;

Fernando Pessoa, ele não era um, era ele mais três e meio, e todos grandes embora uns maiores que os outros. (Será que posso votar em Campos?);

Gil Vicente, é uma maneira de ver que neste país nada mudou muito em muitos anos;

Salgueiro Maia, deitou as paredes velhas abaixo, abriu os alicerces, ajudou a fazer o desenho da casa nova, e nunca a quis habitar.

José Afonso

Fernão de Magalhães, para lá da viagem de que já ninguém se lembra tem o nome em quase todo o lado desde cidades a vilas, em toda a parte lá está a rua do navegador.

Luís Vaz de Camões, álcool, droga ou algo mais levaram-no a escrever a história de Portugal em conjuntos de oito estrofes de versos decassílabicos a rimar de maneira igual ao longo de dez capítulos;

D.Sebastião, quanto mais não seja para justificar o trabalho que Camões teve. O rei louco que deveria ter aprendido a jogar xadrez em pequeno;

Salazar, mostrou-nos que o país perfeito existe, desde que se ouça e não se fale, desde que não se conteste. Desde que se veja o que a maravilhosa propaganda pode fazer por nós. Fizeram-se escolas, pontes, casas, autoestradas, erradicou-se a fome -pena que só a um milhão- incentivando ao consumo de vinho, não fomos á guerra, o Eusébio não saiu do Benfica, a Amália cantava o fado, para não haver desculpa para não ir votar de vez em quando instituiu um partido único para o voto não ser preciso, tornou o Alentejo num enorme celeiro, contribuiu para o enriquecimento da música portuguesa ao incentivar os escritores de letras a puxarem pela imaginação e acima de tudo fez-nos ver a grande nação que somos, mesmo que grande parte da nossa população não conhecesse mais nenhuma.

Ficou a faltar alguém?

quarta-feira, 21 de março de 2007

E agora?

Hoje uma mulher foi morta e atacada por quatro cães.
E agora, o que se faz?
Matar os cães não resolve problema nenhum, prender o dono penso que também não, o dinheiro do seguro não paga uma vida. Não tenho resposta para isto.

domingo, 18 de março de 2007

Zombie

Gostava que não me dessem abanões quando estou de olhos abertos a olhar para lado nenhum, qual zombie.

Afinal, os melhores sonhos são os que temos acordados...

domingo, 11 de março de 2007

Macacos

Um dia alguém pôs quatro macacos, Alberto, Belmiro, Casimiro e Dionisio, numa jaula e no topo da jaula um cacho de bananas. Como se não fosse suficiente havia também um escadote.

Não tardou muito até o macaco Alberto subir ao escadote para tentar comer as bananas. Assim que começou a subir os outros macacos foram molhados com àgua gelada. Ao serem molhados , puxaram o macaco Alberto e a àgua parou. Seguiu-se o macaco Belmiro na tentativa, mais tarde o Casimiro e o Dionisio. Em vez de bananas havia pancada e àgua, muita àgua gelada no corpo dos macacos que estavam ao fundo da escada. Chegou o dia em que os macacos desistiram de tentar chegar às bananas. E assim viveram felizes algum tempo.

Mais tarde, o macaco Alberto foi retirado da jaula. Chegou o macaco Ernesto. A primeira coisa que lhe ocorreu fazer ao chegar à jaula, foi, nada mais nada menos, tentar subir o escadote para chegar às bananas. Os outros macacos não deixaram. Bateram-lhe com tanta força que ele nunca mais tentou. Nesta parte da história já não haviam jactos de àgua.

De seguida trocaram o macaco Belmiro pelo macaco Fernando, que nunca tinha visto a jaula. A mesma tentativa de tirar as bananas e a mesma violência por parte dos outros macacos, macaco Ernesto incluido.

A história continua até não haver na jaula nenhum dos macacos que tinham sido molhados. Estavam lá agora o macacos Ernesto, Fernando, Gustavo e Horácio. Foi tirado o macaco Ernesto e posto na jaula o Serafim. Como todos haviam feito, tentou subir ao escadote para chegar às bananas. Foi espancado, como os outros tinham sido. "Porquê?", perguntou. "Não sabemos, aqui sempre se fez assim.", responderam os outros.

domingo, 4 de março de 2007

As grande rodas

Ainda há por ai muita gente que pensa que o dinheiro compra tudo... Tão enganados que andam. Há coisas que não têm preço. O respeito, por exemplo, não se ganha, não se compra, conquista-se. Não penso vender-me por meras promessas vãs daqueles que um dia terão a vida controlada por fios.