A semana passada não tive muita vontade de escrever, e escrever contrariado não é coisa que me dê muito prazer.
Mas oito dias já passaram desde que alguém que conhecia e estava habituado a ver todos os dias, pelo menos em tempo de aulas, decidiu pôr termo à vida. Vulgo suícidio. Os porquês ainda estão no ar e certezas dificilmente alguém irá ter sobre os motivos que o fizeram pegar numa arma, ir para um descampado e PUM!! Isto poucos minutos após ter deixado um grupo de amigos com quem tinha estado em amena cavaqueira.
Terça-feira lá fui eu rever o pessoal do meu curso, embora por motivos não muito agradáveis... Desde que estudo em Coimbra este foi o segundo funeral de colegas de curso a que fui. E posso dizer que é das coisas mais deprimentes a que podemos assistir. Mas o que me arrepia mais são as capas, normalmente associadas a festas e bons momentos, estendidas no chão para passar a urna.
Hà tempos, por altura da queima, num dia em que fiz uma viagem, impensável uma semana antes não pela distância mas sim pelo motivo, o tema de conversa no regresso foi a morte. Nunca tinha falado tão abertamente sobre isso até então, pelo menos tão a sério. Não sei o que me espera, mas a curiosidade por vezes consegue matar o gato, será que pode matar também pessoas?
Será a morte uma passagem, um escape, um apagar? Numa altura em que o nosso conhecimento, quase permite decifrar o nosso corpo, molécula a molécula fará sentido falar em alma (ideia vinda directamente de um episódio dos Simpsons que vi ontem), ou simplesmente temos de olhar para nós como matéria?
Será o suicidio um acto de coragem ou de cobardia? Li um livro há tempos que me fez ver de perto o drama, principalmente de quem fica e precisa de apoio. Mas esses mais tarde ou mais cedo serão apoiados.
Apoio. Parece-me a palavra-chave.
Xutos & Pontapés "Se não tens abrigo"
Mas oito dias já passaram desde que alguém que conhecia e estava habituado a ver todos os dias, pelo menos em tempo de aulas, decidiu pôr termo à vida. Vulgo suícidio. Os porquês ainda estão no ar e certezas dificilmente alguém irá ter sobre os motivos que o fizeram pegar numa arma, ir para um descampado e PUM!! Isto poucos minutos após ter deixado um grupo de amigos com quem tinha estado em amena cavaqueira.
Terça-feira lá fui eu rever o pessoal do meu curso, embora por motivos não muito agradáveis... Desde que estudo em Coimbra este foi o segundo funeral de colegas de curso a que fui. E posso dizer que é das coisas mais deprimentes a que podemos assistir. Mas o que me arrepia mais são as capas, normalmente associadas a festas e bons momentos, estendidas no chão para passar a urna.
Hà tempos, por altura da queima, num dia em que fiz uma viagem, impensável uma semana antes não pela distância mas sim pelo motivo, o tema de conversa no regresso foi a morte. Nunca tinha falado tão abertamente sobre isso até então, pelo menos tão a sério. Não sei o que me espera, mas a curiosidade por vezes consegue matar o gato, será que pode matar também pessoas?
Será a morte uma passagem, um escape, um apagar? Numa altura em que o nosso conhecimento, quase permite decifrar o nosso corpo, molécula a molécula fará sentido falar em alma (ideia vinda directamente de um episódio dos Simpsons que vi ontem), ou simplesmente temos de olhar para nós como matéria?
Será o suicidio um acto de coragem ou de cobardia? Li um livro há tempos que me fez ver de perto o drama, principalmente de quem fica e precisa de apoio. Mas esses mais tarde ou mais cedo serão apoiados.
Apoio. Parece-me a palavra-chave.
"Imagina o céu, negro de brilho
Desperta terror ver o desconhecido
Desconfia dele mas faz a viagem
Se não tens abrigo que tenhas coragem"
Desperta terror ver o desconhecido
Desconfia dele mas faz a viagem
Se não tens abrigo que tenhas coragem"
Xutos & Pontapés "Se não tens abrigo"