nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda brilha,
Porque alta vive.
"filha de duas mães adoro vesti-las de igual"
A vida é feita de esperas que, por vezes, nos chegam a levar ao desespero… Será que aqueles que esperam pelo “comboio na paragem de autocarro” serão capazes de chegar ao seu destino? Eu cá acho que sim. Também podemos ir a muito lado de autocarro.
Eu admiro muito duas pessoas que não são mais do que o produto da mente de dois grandes mestres. São elas o Jeremias e o Casimiro.
Vem isto a propósito de um exame que fiz no sábado. Um dos exames mais fáceis que já tive à frente, apesar de tudo acabei por desistir. Não só eu mas também muitos dos que estavam dentro daquelas salas.
Até quando é que as pessoas vão perceber que a culpa de não saberem algo não é de quem faz as perguntas? É nestas alturas que me lembro destes dois homens que não se deixam enganar e que fazem qualquer coisa pela vida, não atribuindo culpas aos outros pelas suas falhas. Em vez disso abrem os olhos, e fazem qualquer coisa pela vida de modo a serem respeitados. Estes queixosos irritam-me profundamente.
Esta menina deixou aqui a deixa, para uma lista de desejos não realizados este ano. Aqui está:
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Vazia como não podia deixar de ser. Podia escrever que não ganhei o euromilhões, que não vou passar o ano onde quero e com quem quero, que a minha equipa continua uma miséria, que não consegui ir ver os U2 nem os Coldplay, os últimos por causa de uns ridículos 5 euros no dia errado. Que mais terei perdido este ano? Não sei, mas na verdade isso também pouco interessa, porque ganhei muito, e sem o que ganhei alguns destes desejos não realizados, nem sequer teriam sido idealizados, quanto mais cumpridos.
Acorda menina linda, Jorge Palma;
Breathe, Pink Floyd;
Consumado, Clã & Arnaldo Antunes;
Dumb, Nirvana;
Escuridão, Jorge Palma;
Fio de ariane, Clã;
Gelado de verão, António Variações;
Hearth shaped box, Nirvana;
Iquietação, J.P. Simões & Miguel Nogueira;
Jeremias o fora da lei, Jorge Palma;
King of pain, Alanis Morissette;
Letra S, Ornatos Violeta;
Music, The Gift;
Nós dois, Xutos & Pontapés
Outro mundo, Toranja;
Primeiro gomo da tangerina, Sérgio Godinho;
Que será de ti Lisboa, Quinta do Bill;
Rain, Guano Apes;
Serafim Saudade, Herman José;
Toi toi song, Southpaw;
Uma mulher da vida, Clã;
Vertigo, U2;
With my own two hands, Ben Harper;
X&Y, Coldplay;
You owe us blood, Blind Zero ;
Zombie, The Cranberries;
Uma música por letra, foram estes os sons que mais entraram pelos meus ouvidos este ano. Podem não ter sido as músicas do ano, mas ao ouvi-las daqui a algum tempo irei lembrar-me deste 2005 que está quase a acabar.
Alegre - O Manuel que não desiste;
Blogs - Um novo vício que me contagiou;
Clã - Cada vez mais a melhor banda nacional;
Dedos grandes dos pés - Um martírio de dores;
Erasmus - Outra maneira de ver o mundo;
Fogo - A vergonha Nacional, ano após ano;
Google - Os novos donos do mundo;
Helicópteros - Não temos;
Indonésia e não só - Depois do tsunami esgotar as objectivas o esquecimento impera…
Julho, dia 2, Live 8 - “We are not looking for charity, we are looking for justice”;
K - A minha;
Lisboa - Cada vez mais gosto mais da nossa Capital;
Mortes - As pessoas que me habituei a ver desde pequeno estão a ir embora…
Nata, a revolta dos pastéis de – Um grande programa de televisão;
Ornatos Violeta - Porque recordar é viver;
Praxe - Após um ano sabático regressou no seu melhor;
Queima - A melhor de sempre;
Raquel - O que hoje é verdade amanhã é mentira;
Sudão - Para que a memória não se apague;
Telemóvel - O fim de uma dependência;
Urso - Foi incendiado por um grupo de vândalos há dias;
Voluntariado - Deveriam experimentar;
World - What´s going on? London, Paris…
Xcrevemos cada vex pior;
Yellow - Deveria ser a cor dos nossos novos submarinos;
Zé Milho & companhia - O retrato de uma terra decadente;
26. São as letras do nosso alfabeto, e em jeito de balanço fica aqui o que penso ao ouvir cada uma delas. Isto foi feito um bocado em cima do joelho, mas acho que assim tem mais graça.